Já te falei com você...

sábado, 4 de setembro de 2010

Estávamos com vários "pobremas" e resolvemos buscar soluções. Vejam:



Pérolas

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

     Neste espaço, vamos compartilhar algumas preciosidades que encontramos ao longo dos textos e da vida... Coisas curiosas, engraçadas, incoerentes...
Sugestões? Envie para nós...



“Este ano, o Brasil teve um crescimento populacional histórico. Pelo menos essa é a projeção de vários especialistas brasileiros. Os outros países, como o FMI.Os outros 7% de otimistas são do PIB.” (texto de aluno)
Hã? Já relemos... tá escrito isso mesmo que você leu. Ajude-nos a entender o conteúdo desse texto, por favor. Sua contribuição será essencial!

“Chegamos lá e tomamos um café. Nós gostamos e batemos um papo sobre nossas vidas, como também falamos sobre coisas interessantes.” (Texto de aluno)
Que vidinha chata a deles, não?

“ Estava uma tempestade fria e chuvosa. ” (Texto de aluno)
Poético!

“Treinando todos os dias e convivendo socialmente sozinha Sara acrescentou a sua apresentação passos de Hip Hop” (Texto de aluno)
Explique aí essa parte da convivência. Ajude-nos!

“A quantidade de fumaça indalada me faz um fumante inativo.” (Texto de aluno)
A pergunta que não quer calar: Será que se ele inalasse, ele seria ativo?

“O cigarro está em perigo.” (Texto de aluno)
Gente! Alguém aí chama uma ambulância!

“O cigarro pode matar, mas a cara de pau também.” (Texto de aluno)
Quer dizer que cara de pau é um mal incurável!!! Como pesquisadoras, estamos averiguando várias certidões de óbitos , ainda não vimos essa causa de morte.  Alguém aí já viu uma pessoa morrer de cara de pau? Conte pra gente. Sua contribuição será essencial para nossa pesquisa!

“ Com relação ao desmatamento, este contribui não apenas para o aquecimento global, mas também ocasiona o deslocamento de atividades indígenas que não têm mais para onde ir, consequentemente, ampliando a já gigante monocultura do Brasil e o êxodo rural.” (Texto de aluno)
Parágrafo longo, mas com uma explicação admirável sobre o desmatamento.

“O mestre foi introduzido na sala central, que tinha cento e cinqüenta metros quadrados de espaço, dividida em cinco ambientes.” (Cury, Augusto. O vendedor de sonhos. Pag 204)
O que o mestre estava fazendo nessa sala, heim? Ficou suspeito isso. E alguém aí esperava que fossem “metros quadrados” de outra coisa que não fosse “espaço”?


“A nota havia corrido o mundo não apenas por meio da imprensa escrita, mas também da internet, gerando debates acalorados na mídia.” (Cury, Augusto. O vendedor de sonhos. Pag 271)

Não sabíamos que a linguagem da internet é somente falada. Interessante!

Como sabê-los ?


Assim que cheguei à escola, um colega me perguntou aos berros: “E aí? Estudou pra prova?”. Claro que respondi “sim”. Afinal, se eu dissesse que não, ele não se sentaria perto de mim, pois não seria lucrativo para ele. E na verdade não foi. Não por minha culpa, que isso fique claro.
Sei que o termo que o meu colega deveria ter usado era “avaliação”, pois a orientadora do meu colégio disse que esse é o nome que deve ser usado. “Prova”, segundo ela, é muito assustador. Eu, na verdade, acho que funciona assim: o aluno tenta “provar” que passou várias horas de tédio estudando turbilhões de conteúdos que ele nem sabe para que servem, e o professor “avalia” se a quantidade de tédio foi suficiente ou se o educando -  termo também politicamente correto - precisa se castigar mais horas por dia.  Chamar, então, de “prova”, “exercício avaliativo” ou “avaliação” não diminuiu meu desespero diante daquele amontoado de verbos no imperativo. Pronto! Esta nomenclatura eu já aprendi: verbos imperativo. Será por que, heim?
A avaliação era de Português, e o que não faltavam,em minha memória, na hora da prova, eram conceitos. Não sei para que inventaram tanto nome. Mas naquele exercício tive uma surpresa: Fernando Pessoa! Ele mesmo, num poema pequenininho que eu já tinha lido várias vezes. Até suspirei quando o vi. Escondido, dei até uma piscadela para o poema. Ali estava minha melhor companhia para aquele momento. Pessoa! Quem diria!
Li o poema. Claro que não pude me deliciar, pois o tempo, num dia de prova (e não só), é grande inimigo. E lá fui para a primeira questão. Os imperativos bem armados com gramáticas me pediram que destacasse no texto os pronomes relativos. E voltei eu assassinando o poema, mas fiquei firme. Daí vieram mais umas três ou quatro questões pedindo para eu verificar classes gramaticais, além de fazer análises sintáticas de trechos do poema. Ali terminei de assassinar Pessoa e tive raiva de tê-lo conhecido antes.
Esbarrei-me com ele várias vezes em situações semelhantes. Já não gostava mais de encontrá-lo. Não sorríamos juntos, nem sofríamos de amores. Nos duelávamos a cada exercício em que ele se fazia presente. Incrível! Depois que lancei guerra, depois que tomei verdadeira antipatia por ele e por toda corja pertencente ao mesmo ofício, notei que ele sempre estava ali e sempre colega dos mesmos imperativos.
Vou ter uma nota baixa no boletim por causa daquela prova. Ela valia muitos pontos. Eu conhecia aquele poema. Faço questão de não informar o título para que ninguém mais tenha o desprazer em lê-lo. Desculpe-me, colega, não passei cola, porque estava ocupado demais assassinando o meu ídolo. 

Enquanto isso, na sala de aula...



Aula 1

- Quê q a fessora falou, mesmo?
- Que ela tá cansada da gente não prestar atenção no que ela fala...

Aula 2

- Falta quanto tempo pro recreio?
- Vai sonhando...  ainda falta meia hora.. aff!

Aula 3

- Vou pedir pra ir no banheiro, vc pede pra sair dps..
- E se a fessora não deixah eu sair?
- Fala que esqueceu o livro no escaninho... ela sempre cai nessa!

Aula 4

_Nossa, que burra... a fessora escreveu “extensão”!
_Nossa, é mesmo.. dá zero pra ela! kkkk.."extenção" é com Ç, né?
_Claro que não, sua anta.. é com X mesmo, mas é estensão, com S.. Vem de estender, e estender é com S.. dãahh!

Oi, gente!!!







      Aqui está o nosso novo (nem tanto) projeto, o blog “Doidos Contextos”. Após dias pesados de revisões, nós, um grupo de revisoras, resolvemos partilhar com você sobre a Língua Portuguesa e as pérolas de seus usuários.

    
Se você é “doido com textos”, participe conosco,enviando textos, “pérolas”, dicas, sugestões e dúvidas : doidoscontextos@gmail.com 

E lembre-se: Se beber, não redija!